quinta-feira, 9 de julho de 2009

“O Emprego Cria-se Em Casa”

No contexto sócio económico actual, em que se verifica uma crise financeira mundial com elevado reflexos no nível de emprego, o deficit estrutural de Portugal tem potencializado os efeitos negativos da conjectura internacional, muito em consequência de algumas políticas e medidas económicas e do emprego.

Se a aplicação internacional de políticas de apoio ao sistema financeiro, ao comércio internacional e aos investimentos foi o princípio da resolução do problema, a solução não passa por aí.
Num tecido empresarial constituído por uma imensidão de micro e pequenas empresas, que ora estão dependentes umas das outras, ou de multinacionais, a situação vem a assemelhar –se a um castelo de cartas, com todas as consequências negativas que daí advêm, como as insolvências, falências e o aumento da taxa de DESEMPREGO.

Por conseguinte, e porque não se pode atender a todos, há que criar medidas que favoreçam genericamente a sustentabilidade económica e promover aquelas que demonstram mérito e que lançam sementes no contexto empresarial, a par do reforço das políticas sociais e da protecção social de todos. No entanto, as políticas a aplicar não podem ser genéricas, sob pena de entrarmos no mesmo ciclo que vigorava antes da crise.

Os apoios diferenciados às empresas devem suportar-se em acções e indicadores concretos, como o potencial exportador, o grau de inovação implicado nos produtos, a produtividade do trabalho, etc. visando estabelecer um funcionamento do mercado de emprego baseada na lógica do “Trabalho Decente”, onde as pessoas possam realizar as suas aspirações profissionais, onde pratiquem trabalho produtivo devida e justamente remunerado, com segurança e protecção social, melhores perspectivas de desenvolvimento pessoal e integração social, que lhes possibilite exercer os seus direitos de cidadania e de participação em todas as decisões que afectam as suas vidas.
Finalmente, depois de sentirmos que a nossa casa “bateu no fundo”, importa reforçar os alicerces e preparar o futuro, dando também oportunidades aos jovens de espírito empreendedor - esses “ilustres desconhecidos” - que não tem sido reconhecidos/contemplados com medidas/condições especiais que lhes permitam executar os seus projectos empresariais.

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