quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Comunicado do Secretariado Nacional


O Secretariado Nacional dos TSD, hoje reunido, analisou a actualidade política, económica e social do País, aprovando as seguintes conclusões:

1. O Programa Novas Oportunidades foi apresentado pelo governo, mesmo agora na campanha eleitoral e com uma faustosa promoção publicitária, como um exemplo das boas políticas na área da educação e formação.
Este programa arrancou em 2005 e tem por objectivo certificar, até 2010, um milhão de adultos com diplomas do ensino básico e secundário.
Até agora, segundo a comunicação social, apenas 300 mil alunos foram certificados. O que, para o Programa cumprir a meta do milhão, é necessário que no próximo ano sejam certificados 700 mil alunos.
Ou seja, é necessário que, num só ano, sejam passados mais do dobro dos diplomas que foram emitidos em 4 anos!...
Pelo que iremos assistir a uma de duas coisas: ou não é cumprido o objectivo que o governo tanto badalou e publicitou; ou os socialistas vão dar instruções aos responsáveis do programa para martelarem os números e baixarem os níveis de exigência, para assim tentarem chegar ao número mágico de um milhão.
Em qualquer das circunstâncias, para os TSD e para os portugueses, é muito claro que também neste Programa, que o governo não teve escrúpulos em instrumentalizar na campanha eleitoral, uma coisa são os anúncios, outra bem diferente é a realidade concreta.

2. Em termos económicos, começam a surgir posições de organismos especializados, nacionais e internacionais, a anunciarem o começo da superação da crise, mas, ao mesmo tempo, todos prevêm o agravamento do desemprego para 2010.
De um modo geral, as expectativas são negras para Portugal - o desemprego pode chegar aos 11% e aos 700 mil desempregados. Esta situação deve obrigar o governo a tomar medidas realistas e que tenham efeitos imediatos ao nível da economia real, apoiando as micro, pequenas e médias empresas, e não enveredar pelo “show off” dos grandes projectos, que só têm efeitos daqui a meia dúzia de anos e que apenas interessam aos negócios das grandes construtoras.

3. Os portugueses decidiram, no passado dia 27 de Setembro, a composição do futuro Parlamento e o governo para a próxima Legislatura.
Os resultados eleitorais ditaram a derrota da arrogância e do autoritarismo que marcaram a prática política da actual maioria absoluta socialista e apontam para uma solução governativa minoritária ou de coligação.
Os portugueses desejam um governo moderado e capaz de desenvolver o País e resolver os problemas da economia e das pessoas.
Os TSD esperam que o próximo governo dê prioridade ao relançamento da economia e ao combate ao desemprego, em diálogo e concertação com os representantes dos trabalhadores e empresários, comportamento que o actual governo sempre desprezou.

Lisboa, 03 de Outubro de 2009
O Secretariado Nacional