terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comunicado da Secção Laboral dos Correios (2009.07.14)

“Os Serviços Postais são um elemento importante, dada a sua contribuição para o crescimento (representam 0,4% do PIB Europeu) e para a criação de Emprego (empregam directamente 1.7 Milhões de Pessoas e, indirectamente, 3.5 Milhões de Trabalhadores). Os Serviços Postais são ainda considerados um elemento essencial para a coesão social e territorial e para a promoção da competitividade.”

in Declaração do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, por ocasião da conferência “The EU Internal Market for Postal Services – creating it together”

A afirmação transcrita traduz um conjunto de preocupações que, no actual contexto de mercado global e com a liberalização do sector postal cada vez mais próxima, deverão ser debatidas e devidamente enfrentadas por todos aqueles que estão na actividade postal.
A Secção Laboral das Comunicações dos TSD deve promover e debater estas (e outras) questões para reforçar tecnicamente os seus quadros políticos que estão neste sector de actividade para um futuro (muito) próximo que se adivinha hostil dadas as inúmeras ameaças que resultam de novos concorrentes (físicos e digitais) e de nova regulação.

Neste âmbito algumas das questões que terão interesse desenvolver são:

  • Aproveitamento do E-Commerce e E- Government;
  • Apostar na Qualidade de Serviço dos grandes volumes e materiais + frágeis (tal c/o UPS);
  • Internacionalização vs Parcerias Comerciais vs Fusões /Aquisições;
  • Politicas de Proximidade com Entidades Públicas para aumento da credibilidade no mercado;
  • Potenciar os novos negócios (Mailmanager, Via CTT, GeoServiços, Phone-ix);
  • Apostar na Qualificação dos Recursos Humanos disponíveis para as novas exigências do mercado;
  • Massificação do T&T em toda a correspondência;
  • Printing, Finishing e Preparação de Correio são vectores chave para as médias e grandes empresas e poderá ser interligado com MKT Relacional;
  • Bases de Dados melhores e mais completas, com hipótese de franca segmentação de clientes-alvo;
  • Serviços de Proximidade, públicos e de interesse geral;
  • Potenciar Modelo de Outsourcing;
  • Adequar a Oferta à realidade e políticas emergentes;
  • Redução do peso que a estrutura de Lojas tem na empresa, através do encerramento definitivo de lojas de pequena dimensão ou de passível englobamento noutras;
  • Automatização das tarefas de pré-distribuição e políticas de incentivo ao aumento de toponímia;


Em resumo, a liberalização gera expectativas ao nível da redução de custos, de preços, melhoria da qualidade de serviço e diversificação da oferta. Com as adaptações estruturais necessárias e com políticas de garantia de um mercado dinâmico e concorrencial por parte dos reguladores é possível prever um nível de desenvolvimento acentuado neste sector de actividade. Para tal, como em tudo, é também essencial ter Pessoas preparadas para liderar essa mudança e desafio. Se possível os melhores dos melhores.

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